Como a Pandemia está a Mudar a Vida Sexual dos Casais

Esta é uma questão complicada, tendo em conta as diversas dúvidas em torno da COVID-19 e da vida sexual de diversos casais. A pandemia veio mudar muitos hábitos das pessoas em mais que um sentido. Nem a vida íntima escapa impune a esse panorama, porém há casais que ainda assim estão a conseguir reinventar-se neste aspecto.

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Distanciamento Social Afecta a Vida Sexual

É inegável que dado a situação atual, bem como as medidas de distanciamento social, o contacto íntimo entre um par amoroso tenda a diminuir. Nesta situação de mais stress, tensão e receio pelo futuro, é normal que o desejo entre os casais tenda a dimnuir.

As pessoas agora mostram mais afecto pelo olhar, pelas palavras e pela partilha de alguns pequenos momentos de ternura. Porém, a tendência para fazer amor diminuiu bastante. O nível de desejo dos homens, por exemplo, em momentos de preocupação chega a ser equiparado ao das mulheres (igualmente afectadas pelo panorama actual).

No caso dos casais que ainda não compartilham uma vida em comum é evidente que o contacto humano irá apenas limitar-se às mensagens de texto, voz ou vídeo. Tal tanto pode ser positivo como negativo dependendo do tipo de relação, confiança e intimidade que o casal tenha.

Como desfrutar da sexualidade durante a pandemia?

Evidentemente no caso dos casais que compartilhem uma vida em comum é inevitável que acabe por haver um contacto íntimo. E é igualmente inevitável que haja troca de fluidos corporais nesse aspecto. Uma medida de precaução é a de evitar estar de face. Isto porque ao chegar ao orgasmo os corpos tendem a ter uma maior libertação de gotículas, que pode ser factor de contágio.

Tomar banho antes e depois do ato sexual pode ajudar na prevenção, assim como evitar os beijos, a tosse e os espirros durante o momento. A lavagem das mãos antes e depois de um ato íntimo terá que ser um hábito a adotar com regularidade. Assim como a higienização de qualquer brinquedo sexual que seja usado para o efeito. Para isso use água, sabão e álcool 70%.

Naturalmente que o casal que não apresente sintomas associados à COVID-19 poderá envolver-se sem grandes receios com os devidos cuidados. A sexualidade como via de transmissão já tem sido uma fonte de várias dúvidas online, mas apesar de não se ter provado que a doença é transmissível por via sexual, o fator do contacto íntimo é sem dúvida motivo de peso para o contágio.

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Em caso de abstinência sexual, quais as alternativas?

Na eventualidade do casal querer continuar a cumprir as recomendações de distanciamento social, há outras alternativas para fortalecer a intimidade. A masturbação é uma das soluções para os casais que não queiram arriscar. Isto aliado à visualização de filmes pornográficos em conjunto pode ser um fator de fortalecimento da relação.

Mais do que a sexualidade do casal, aqui fica em causa o estado da relação. É importante para os casais com vida a dois que mantenham uma rotina em conjunto e que se mantenham envolvidos em atividades conjuntas. Esta situação pode-se revelar como sendo uma excelente oportunidade para o casal aproveitar para fortalecer a intimidade de outras formas.

No caso dos casais que moram separados, estes podem-se estimular através de vídeos, mensagens ou por telefonemas. Naturalmente ambos têm que ter cuidado para que esses conteúdos não tenham um leak. Relembramos até que este poderá ser um bom período para vários casais discutirem a sua vida íntima, bem como para construírem juntos mais intimidade e sintonia.

E depois da Pandemia?

Uma coisa é certa: depois da pandemia da COVID-19, os desejos sexuais vão aumentar, especialmente entre os casais que estão ou separados ou em abstinência. Diversos especialistas apostam que o período atual vai ser muito decisivo para vários casais: ou poderemos ter um aumento dos divórcios ou dos nascimentos. Apenas o tempo (e o fim da quarentena) o dirão.